5 de dezembro de 2005

iLHA GRANDe

Deixámos para trás as favelas, as histórias de traficantes que se condenam mutuamente à morte, de praias encostadas aos morros carcereiros acusadores. E chega-se ao mar do oeste. A escuna a abarrotar leva música do nordeste dentro. Os gringos deixaram o cérebro para trás. E eu também que o tempo é de pacificar.

E chega a Ilha que vive dos que chegam. E vem o mar e as ondas que misturam conchas e folhas da vegetacão antiga. Daquela que insistem em fazer desaparecer para enfiar campos de soja e dinheiro nos bolsos de fazendeiros e deputados, país fora. A vegetacão que aconchega montes em bico. Montes, não morros. Porque morro se tornou em plataforma de homem com fome. E este mar continua cheio de peixe.


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